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Evangelizando nossas vaidades...



Os pés do mensageiro são belos, apesar das marcas que seu caminhar o impuseram. Seu anúncio é libertador e sua palavra edifica e faz florescer, brotar vida, por onde passa. Porém, ao olhar nossos caminhos, notei que alguns de nossos rastros ainda careciam da prática misericordiosa. Muitas vezes, em nossos dias de Zaqueu, de Mateus e Tomé, caminhamos silenciados por dores imensas, estivemos descalços entre muitos. Aguardamos em vão acolhida e sequer tivemos abrigo.


À luz da prática dos ensinamentos de Jesus, observo que muitas vezes em nossas comunidades insistimos em termos somente pessoas curadas, esquecemo-nos de curá-las. Impedimos o processo chamado conversão. Não observamos Deus com amor maior, sequer olhamos nossos próximos como a nós mesmos. Nossas comunidades e pastorais não devem estar acasteladas, seguras e limitadas em seus próprios membros. Isto seria impedir que nossa igreja crescesse. Esta, no entanto, deve congregar forças, reunir pessoas, para assim aderir ao preceito da cruz. Insistimos várias vezes, em vão, em sermos apenas “igreja terrena”, sem nos preocuparmos com o compromisso de levarmos ao outro a luz celestial.

Assim, como iremos evangelizar e trazer novos membros à comunidade?


Devemos ser instrumentos que proporcionem o encontro com o Senhor Nosso Deus. Quando se abraça a causa, Jesus caminha conosco e nos mostra a beleza de viver cada momento e o sabor de vitória e desafio que é ser Cristão. Perseguindo apenas nossos desejos, em cumprir tarefas à luz de nossas vaidades, descontinuamos a Célebre História das Pegadas na Areia, onde Cristo faz de seu jugo suave para nos permitir vencer.

Isto posto, ser Cristão não é ter medo de atropeçar e, por isso, desistir de caminhar. Ser Cristão é tomar para si a cruz que temos, caminhando na certeza das promessas e cientes das muitas dificuldades que aparecerão. A promessa divina será cumprida na vida daquele que se comprometer a enxergar que é preciso corrigir seus próprios erros.


Como Sirineus, muitas vezes seremos chamados a tomar a Cruz do nosso próximo, ajudando-o e fortalecendo-o para que um dia este possa trilhar seu próprio caminho. Entretanto, vale lembrar que este caminho será feito de tropeços, quedas mas com a certeza da vitória em Jesus. Todavia, antes de desistirmos do nosso próximo, sem ao menos tentarmos, façamos uma pergunta ao nosso coração:


- Será que Jesus desistiria de alguém?


Assim como Cristo não desistirá, não desistamos também de amar e louvar a Deus em cada instante, de agradecermos por cada pedra que nos fez mais fortes na presença do Senhor. De cada tribulação que feriu nosso coração, mas que restaurado pelo Céu já foi. Este é o doce exercício chamado vida.


Fiquem com Deus,


Catequista Bruno Velasco

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